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quinta-feira, 14 janeiro 2021 07:19

Covid-19 adia Cimeira Extraordinária da SADC

Adiada sine die a Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que tinha no topo da agenda a situação da segurança, em Moçambique, com enfoque para os ataques terroristas, em Cabo Delgado, região norte do país.

 

A reunião magna do órgão, que estava prevista para arrancar este domingo (17), foi adiada devido ao alastramento dos casos da pandemia da Covid-19 no país, soube “Carta” de fonte próxima à organização do evento. A Cimeira Extraordinária realizar-se-á numa data a anunciar.

 

Tomariam parte do evento, cujo término estava agendado para o próximo dia 20 de Janeiro corrente, Chefes de Estado e de Governo dos países da região austral de África.

 

Esta quarta-feira, o país voltou a ultrapassar a casa dos 600, no que ao número de casos positivos de respeito, num único dia. Nas últimas 24 horas, de acordo com as autoridades sanitárias, foram registadas 730 novas infecções e ainda quatro óbitos. A cidade de Maputo, que, a princípio, iria acolher a Cimeira Extraordinária da SADC, registou um total de 311 casos da doença, o que corresponde a 42.6% dos casos registados nas últimas 24h.

 

O país possui, até ao momento, um cumulativo de 1.034 pacientes internados, sendo que 140 encontram-se, actualmente, nos Centros de Internamento da Covid-19 e em outras unidades hospitalares. No que tange aos óbitos, o país regista um total de 205 óbitos.

 

Segundo o Centro de Controlo de Doenças de África (CDD- África), até às 10:00h desta segunda-feira, o continente Africano havia registado 3.107.979 casos da Covid-19, dos quais 26.098 nas últimas 24 horas.

 

Na passada segunda-feira, na ressaca da visita de trabalho que efectou à República da Tanzânia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dera, a partir de Cabo Delgado, as garantias da realização da Cimeira Extraordinária, tendo, igualmente, assegurado que, até ao próximo sábado, os peritos da organização chegariam à capital moçambicana, Maputo, para fechar nos preparativos do encontro.

 

Ainda durante a declaração à imprensa, Filipe Nyusi dissera que a segurança em Moçambique, com particular incidência para os ataques terroristas em Cabo Delgado, constava do rol de matérias que corporizariam a reunião magna da SADC.

 

A SADC, lembre-se, é um órgão inter-governamental dedicado à cooperação e integração sócio-económica, como também à cooperação em matérias de política e segurança dos países da região austral. São membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Moçambique (que assumiu a presidência rotativa no ano passado); África de Sul; Tanzânia; Zimbabwe; Malawi; Namíbia; Botswana; Angola; Zâmbia; República Democrática do Congo; Maurícia; E-swatini e Seicheles.

 

Importa salientar que, em Maio de 2020, a Troika do órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC prometeu apoiar Moçambique a combater os terroristas que têm estado a semear terror e luto naquela parcela do país. Os ataques terroristas, em Cabo Delgado, já fizeram cerca de 2.000 mortos e pouco mais de 600 mil deslocados.

 

Esta quarta-feira, a Human Rights Watch lançou o relatório anual sobre os direitos humanos no mundo, no qual alerta para abusos das Forças de Defesa e Segurança e perseguição a jornalistas em Moçambique. (Carta)

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