O Governo de Moçambique aprovou formalmente a selecção da agricultura e do transporte rural como sectores-chave para o próximo “compacto” de projectos de desenvolvimento financiados pelo Millennium Challenge Corporation (MCC) do Governo dos EUA.
Após mais de seis meses de entrevistas com centenas de intervenientes moçambicanos, e uma análise económica intensa pelo MCC e seus parceiros moçambicanos, o MCC e o Governo de Moçambique identificaram conjuntamente estes dois sectores como os principais veículos para um crescimento económico mais inclusivo no país.
O passo seguinte no processo de desenvolvimento do compacto é analisar e identificar as causas do desempenho, relativamente fraco, do sector agrícola de Moçambique e o elevado custo do transporte rural. Com base nestas conclusões, a equipa de desenvolvimento do compacto do Governo de Moçambique – liderada pelo Coordenador Nacional Higino de Marrule – trabalhará nas propostas específicas para a consideração neste compacto do MCC.
O Embaixador dos EUA em Moçambique, Dennis W. Hearne, afirmou: “Este próximo compacto do MCC é uma oportunidade para fazer investimentos duradouros no sector agrícola de Moçambique, que desempenha um papel crítico no desenvolvimento de todo o país”. O diplomata elogiou ainda o trabalho árduo e a persistência da equipa do MCC ao longo deste processo de desenvolvimento do compacto.
Segundo o Director Nacional do MCC, Kenneth Miller, factores como o baixo uso de fertilizantes e sementes de qualidade inferior podem contribuir para o fraco desempenho do sector agrícola de Moçambique, enquanto as lacunas na rede de estradas rurais aumentam os custos para os agricultores e limitam as oportunidades de exportação.
Criado em 2004, o MCC é uma agência inovadora de assistência estrangeira, concebida para fornecer programas que reduzam a pobreza nos países em desenvolvimento através do crescimento económico.
O MCC e o Governo de Moçambique desenvolveram um compacto de cinco anos avaliado em 506,9 milhões de USD, em 2008, para investir em água e saneamento, estradas, posse de terra, e agricultura, através de investimentos como a construção de 614 pontos de água rurais nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, o número de pessoas com acesso à água limpa mais do que duplicou. (Carta)