Os membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) são os mais expostos ao novo coronavírus, na cidade da Maxixe, assim como na vila-sede do distrito da Massinga, ambas pertencentes à província de Inhambane. Aliás, na Massinga, as FDS têm a companhia dos estabelecimentos comerciais e dos vendedores de mercados, que também apresentam maior exposição ao vírus.
Os dados constam do recente Inquérito Sero-epidemiológico, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), nos dois pontos da província de Inhambane, no sul de Moçambique, entre os dias 26 de Novembro a 03 de Dezembro (na Massinga) e 07 e 21 de Novembro (na Maxixe). O Inquérito tinha como objectivo identificar e mapear as áreas de maior transmissão, assim como os grupos etários e profissionais mais afectados.
O documento divulgado, esta quarta-feira, revela que, na cidade de Maxixe, as FDS são as mais expostas (9.2%), seguidas pelos agregados familiares (5.5%), transportadores (4.6%) e, por último, os vendedores dos mercados (4.5%).
O mesmo acontece na vila-sede do distrito da Massinga, onde as FDS apresentam também maior exposição (18.1%), sendo seguidas pelos estabelecimentos comerciais (10.9%), vendedores de mercados (8.9%), agregados familiares (7.4%) e, por fim, os profissionais de saúde (6.1%).
De acordo com os resultados do Inquérito, entre os mercados da cidade da Maxixe, o Mercado Novo possui a maior taxa (9.5%), enquanto na vila-sede do distrito da Massinga, são os vendedores dos mercados Mademo (12,7%), Central (12,1%), Gabane (9,3%) e Mercado Novo (7.8%).
O Inquérito refere ainda que, na segunda maior cidade da província de Inhambane, todas as faixas etárias apresentam níveis de exposição importante da Covid-19, com maior destaque para as pessoas com idades entre 15-35 anos (6.0%). No entanto, na vila-sede do distrito mais populoso daquela província, a taxa de exposição é mais elevada nos adolescentes e jovens de 15-30 anos de idade (10.5%).
Referir que o bairro Chilacua, em Massinga, possui a maior taxa de seropositividade (15.7%) e o bairro Manhala (9,7%) apresenta maior taxa de seropositividade na cidade da Maxixe. A transmissão do vírus, nos dois pontos, é descrita como dispersa e ocorre em todos os bairros. (Marta Afonso)