Quinhentos e dezasseis (516) supostos terroristas foram detidos na vizinha República Unida da Tanzânia, desde o ataque terrorista levado a cabo àquele país da região da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), em meados de Outubro último.
A informação foi avançada este fim-de-semana pelo Chefe da Polícia Tanzaniana, Simon Sirro, à margem da assinatura de um Memorando de Entendimento entre esta e a Polícia moçambicana, tendo avançado que os indivíduos serão extraditados para Moçambique, onde serão julgados por crimes alegadamente cometidos na província de Cabo Delgado.
Segundo a fonte, os detidos fazem parte do grupo que terá atacado a região de Kitaya, naquele país vizinho, em Outubro passado. Entre os detidos, revelou, fazem parte cidadãos tanzanianos, moçambicanos, somalis, ugandeses, burundeses, congoleses e ruandeses. Os mesmos encontravam-se “refugiados” no território tanzaniano, devido às ofensivas das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Já o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, afirmou que a informação disponibilizada pelas autoridades tanzanianas tem contribuído para travar o terrorismo, na província de Cabo Delgado. Sublinhou que a cooperação com a Tanzânia visa obter, de forma pormenorizada, as motivações das acções terroristas protagonizadas pelo grupo. (Carta)