Lançado ontem, em Maputo, o Relatório Mundial de Desenvolvimento Humano indica que, em 2018, Moçambique manteve-se na 180ª posição (nível em que se situou em 2017), num total de 189 países avaliados, tendo consolidado a sua posição de um dos 10 piores países para o desenvolvimento da espécie humana. Em geral, o relatório da autoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) aponta a desigualdade como principal factor para a colocação de Moçambique no grupo.
De acordo com o documento, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Moçambique alcançou 0.446 valores face a uma cotação mínima de 0.377 valores obtidos pelo Níger que é o pior de todos, contra uma máxima de 0.954 valores conquistados pela Noruega que está em primeiro lugar na tabela, com o IDH mais elevado.
Dos países lusófonos, Timor-Leste também se manteve na 131ª posição, que lhe coloca no conjunto dos países de desenvolvimento médio. No mesmo relatório, consta que Angola caiu duas posições, de 147 para 149, enquanto Brasil caiu um lugar, ao sair de 78 para 79, mas permanecendo na lista dos países com alto desenvolvimento humano.
Por sua vez, Cabo Verde está no conjunto dos Estados de desenvolvimento humano médio, tendo subido da posição 128 para 126. São Tomé e Príncipe passou de 138 para 137. Por fim na lusofonia, Portugal continua sendo o único Estado na categoria de países de desenvolvimento humano muito alto, mantendo a 40ª posição.
Ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Moçambique é também o pior, encontrando-se, em termos regionais, atrás da República Democrática do Congo, o segundo pior colocado na África Austral, na 179ª posição. (Evaristo Chilingue)