Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
sexta-feira, 15 novembro 2019 07:15

Governo discute mecanismos de protecção de reforço à segurança cibernética

Numa altura em que os ataques cibernéticos têm sido constantes no país, o governo diz haver uma necessidade extrema de proteger e garantir a segurança de dados de saúde, transacções financeiras, relações pessoais para não serem expostos e viciados, causando forte impacto aos utilizadores.

 

Mas, para isso, é necessário que haja soluções concretas sobre como o país deve posicionar-se para fazer face aos riscos do uso da internet e que sejam criadas ideias aplicáveis para a melhoria do sistema de segurança cibernética. Ontem e hoje, o governo, o sector privado e a comunidade estudantil discutem alguns mecanismos para o reforço da segurança cibernética.

 

Castigo Nhamane, vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), diz que as tecnologias digitais ampliáveis revolucionam o comércio, a maneira como as pessoas se comunicam e a própria cultura, colaborando, deste modo, para a transparência e eficácia das políticas de governação, oferecendo também novas oportunidades de conhecimento.

 

Para Castigo Nhamane, os empreendedores e investidores encontram, nas tecnologias, um mercado consumidor em expansão. Adianta que matérias ligadas a ataques cibernéticos constituem uma grande preocupação por afectarem o ambiente de negócio. Para as PME serem competitivas são obrigadas a adaptarem-se à realidade de uso e desenvolvimento das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), procurando soluções inovadoras que lhes permitam alcançar com menores custos uma maior produtividade, rentabilidade da concorrência.

 

Prosseguindo, Nhamane disse: “a segurança cibernética joga um papel relevante para assegurar o usufruto das oportunidades que se abrem, em Moçambique, hoje. Temos como exemplo, o impacto que a transformação digital está a trazer na banca móvel, visto que hoje, dos resultados de 2016 e 2017, a população que usa serviços financeiros móveis situa-se em 11,7 por cento, sendo que a este nível 25,9 por cento nas zonas rurais, o que tem permitido um aumento significativo do número de pessoas com acesso a transacções de valores monetários através de seus dispositivos móveis”.

 

Discursando na abertura do evento, esta quarta-feira, o Ministro dos Transportes e Comunicação, Carlos Mesquita, garantiu que a segurança cibernética tornou-se numa necessidade básica para o desenvolvimento sustentável da economia e na melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos. Entretanto, disse que não deve ser encarada apenas como um assunto exclusivo do governo e das suas instituições.

 

“Informação e comunicação é um assunto transversal, porque, mesmo no uso pessoal e profissional, todos, de certo modo, utilizamos este tipo de equipamento. Enquanto uns pensam no desenvolvimento tecnológico, infelizmente há quem pensa em prejudicar todo o sistema implantando em várias instituições e isso concorre para que não consigamos prestar depois os serviços pretendidos”.

 

A título de exemplo, disse Mesquita, se num banco, o sistema informático for afectado, automaticamente, vamos notar uma disfunção que pode levar à paralisação do sistema bancário. “Isto aplica-se também nas indústrias que são dirigidas por sistemas informáticos, que são programadas e, havendo um ataque cibernético nestes sistemas, provoca imediatamente uma disfuncionalidade do processo de produção”, sublinhou. (Marta Afonso)

Sir Motors

Ler 2361 vezes