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sexta-feira, 15 novembro 2019 06:45

Alerta vermelho: Trinta e cinco espécies ameaçadas de extinção em Moçambique

As observações preliminares da Wildlife Conservation Society Program (WCS) e do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) alertam que pouco mais de 35 espécies entre marinhas, mamíferos, répteis, peixes da água doce, em Moçambique, e muitas delas únicas e que não existem em outros cantos do mundo, estão em vias de extinção em todo o país, devido à acção dos furtivos.

 

Esta é uma das incidências de uma investigação da Wildlife Conservation Society Program (WCS), que juntou mais de 50 especialistas, divididos em três grupos, para avaliar os danos causados nos mares, nas reservas, nos arquipélagos situados ao longo de todo Moçambique, trabalhando também no mapeamento da lista vermelha de espécies ameaçadas e identificação das áreas-chave para biodiversidade, em Moçambique.

 

As observações preliminares da WCS, em coordenação com o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, indicam que, das 75 espécies identificadas, que contribuem imenso para o funcionamento do ecossistema, 35 estão em risco de extinção.

 

Segundo Hugo Costa, representante da WCS, em Moçambique, existe uma biodiversidade de referência, razão pela qual, a equipa de pesquisadores da WCS resolveu apoiar o governo a conservar essa biodiversidade, de modo que a comunidade moçambicana tenha a oportunidade de utilizar a maior parte das diversidades biológicas existentes no país.

 

“Se perdermos essas espécies, o próprio ecossistema deixa de funcionar e associada a questão climática, corremos o risco de perder a capacidade de ter o ecossistema que sustente a população, sendo que quase 80 por cento da população depende dos serviços providos pelo ecossistema”, afirmou Costa.

 

Trata-se de um conjunto de actividades que a WCS tem estado a desencadear em Moçambique. “Neste momento, estamos a trabalhar com a reserva do Niassa e trabalhamos com várias agências de fiscalização contra o tráfico ilegal de fauna bravia”.

 

Falando durante a abertura do Workshop sobre o Delineamento para elaboração da Lista Vermelha de espécies ameaçadas, esta quinta-feira, Costa explicou ainda que as áreas-chave para a biodiversidade correspondem aos locais do planeta que mais contribuem para a persistência global da biodiversidade.

 

Entretanto, a identificação das áreas-chave e mapeamento permitirá informar o planeta territorial e a tomada de decisão, seja pelo governo de Moçambique ou pelo sector privado, identificar locais e espécies que deverão ser potencialmente protegidos e melhorados. (Marta Afonso)

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