A equipa de observação de outra organização, o Centro de Integridade Pública (CIP), anunciou 10 casos com vários boletins extra, reportados pelos observadores espalhados pelo país.
Noutros pequenos incidentes, os dados recolhidos pela Sala da Paz apontam para casos de eleitores que não puderam votar porque o nome não constava do caderno eleitoral do local de recenseamento e queixas de propaganda em local indevido.
Observou-se ainda "um caso de interrupção do processo de votação devido a pancadaria entre escrutinadores e delegados de candidaturas de partidos políticos", na Ilha de Moçambique, no local onde o candidato presidencial da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) votou, acrescenta a organização.
A Plataforma Transparência Eleitoral, uma coligação de organizações da sociedade civil moçambicana, testemunhou igualmente casos de divergências que provocaram algumas interrupções. Seja como for, de forma global, esta plataforma classifica também o ato eleitoral de hoje como tranquilo.
O retrato é feito com base em dados recebidos de cerca de metade das 3.100 mesas de voto observadas pela organização. Apenas em redor de 5% daquelas mesas houve registo de agitação, provocada por desorganização da fila de votação e casos de intimidação e de violência das autoridades contra eleitores, especialmente em Gaza, Nampula e Manica, lê-se no relatório da plataforma.
As urnas estiveram abertas entre as 07:00 e as 18:00, sendo que após a hora de fecho das urnas, ainda havia filas para votar em diferentes locais do país. (Lusa)