Dados do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), citados pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, indicam que a previsão era de 210 mil pessoas afectadas pela falta de alimentos e nutrientes entre os meses de Maio a Setembro.
Nesta senda, caso não se avance para programas de ajuda alimentar, o número poderá subir para mais de 241 mil, entre Outubro e Fevereiro próximos. Paulo Tomás, Director das Zonas Áridas e Semi-áridas, disse ao “Notícias” que está previsto o arranque da assistência alimentar para evitar o agravamento da situação.
“Os distritos de Chigubo, Guijá, Chibuto, Chicualacuala, Mabalane e Massingir acabam de enviar a estimativa dos afectados e das necessidades à sede. Ao todo estão em situação de insegurança alimentar, ao nível do país, 39 distritos e cerca de 1.65 milhão de pessoas afectadas”, disse Tomás.
No entanto, para o caso de Chigubo, a escassez de alimentos ocorre numa altura em que o distrito procura capitalizar as baixas e as fontes de água para a produção agrícola, com especial enfoque para hortícolas.
Desta forma, 107 agricultores familiares estão a produzir tomate, cebola, pepino, couve entre outros alimentos na zona de Ndandazive, em Ndindiza. (Marta Afonso)