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terça-feira, 17 setembro 2019 03:20

Eleições 2019: Paz não deve ficar refém do processo eleitoral - UE

O Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia às eleições gerais de 15 de Outubro em Moçambique, Ignacio Sánchez Amor, defendeu, último sábado, em Maputo, que o desfecho do escrutínio não pode condicionar a paz no país.

 

"Quanto à mistura que, por vezes, pode haver entre o processo eleitoral e o processo político, é óbvio que a União Europeia [UE] apoia fortemente a pacificação do país e um bom fim para o acordo de paz de 06 de Agosto", declarou Sánchez Amor, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

 

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, afirmou várias vezes que a sobrevivência do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado com o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), em 06 de Agosto deste ano, depende de eleições gerais livres, justas e transparentes.

 

Questionado pelos jornalistas sobre a posição da Renamo, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da UE afirmou que o processo eleitoral não deve funcionar como moeda de troca para uma paz duradoura no país.

 

"As eleições são um direito do povo, não são uma propriedade dos partidos políticos e as eleições democráticas não podem ser reféns de nenhuma agenda política partidária", disse o eurodeputado espanhol.

 

Sánchez Amor defendeu que as instâncias judiciais devem decidir atempadamente sobre a investigação à polémica em torno do recenseamento eleitoral na província de Gaza, cujo registo é rejeitado pela Renamo e por organizações da sociedade civil.

 

"Pensamos que é muito importante, para gerar confiança no processo eleitoral, que as autoridades envolvidas na operação, principalmente a Procuradoria-Geral da República, tomem uma decisão atempada e que dê uma resposta à inquietação que se levantou", considerou Sánchez Amor. (Lusa)

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