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BCI
sexta-feira, 30 agosto 2019 06:04

Rede de 650 observadores do CDD pronta para a observação da campanha eleitoral

A rede de 650 observadores do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) já está treinada e posicionada para a observação do início do exercício de “caça ao voto” que arranca este Sábado, 31 de Agosto, rumo às eleições de 15 de Outubro, em Moçambique.

 

A rede integra duas iniciativas. A primeira é de 400 observadores mobilizados pela Comissão Episcopal de Justiça e Paz (CEJP) da Igreja Católica, parceiro do CDD. As formações de dois dias realizaram-se nas províncias de Maputo-cidade, Inhambane, Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado. Na presença dos órgãos de gestão eleitoral, nomeadamente as Comissões Provinciais de Eleições (CPEs) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) a nível provincial, as formações incidiram sobre princípios e metodologias de observação eleitoral, análise e interpretação da legislação eleitoral e tecnologias de captação e transmissão de dados, o POPOLA.

 

O programa de observação eleitoral, implementado pelo CDD em parceria com a Igreja Católica, tem apoio técnico do Instituto Eleitoral para Democracia Sustentável (EISA), e financiamento da Embaixada da Noruega e Departamento para Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID). A fase mais intensa deste programa será a de votação que vai mobilizar perto de 3000 observadores, ao nível nacional. 

 

A segunda iniciativa da rede do CDD é de 250 observadores recrutados pelos parceiros da plataforma de prevenção, monitoria, resposta e mitigação de violência e conflitos eleitorais, designada Monitor, lançada esta semana que, para além do CDD que lidera o secretariado, integra outras organizações da sociedade civil, nomeadamente o Comité Ecuménico para Desenvolvimento Social (CEDES), o Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), a Associação Nacional para Desenvolvimento Auto-Sustentado (ANDA) e Presão Nacional dos Direitos Humanos (PNDH).  

 

Os 250 observadores da plataforma Monitor irão colectar dados, através duma plataforma tecnológica (ELMO) inserida em telemóveis distribuídos pelos observadores. A informação gerada é encaminhada aos Comités de Resposta e Reconciliação Locais (CRRL) que operam nas regiões norte, centro e sul e, dependendo da magnitude dos assuntos, para o Comité Nacional de Resposta e Reconciliação (CNRR), baseado em Maputo, com representantes de todas as províncias do país. Estes comités irão trabalhar na prevenção, mitigação e mediação de conflitos em plataformas extra-judiciais, funcionando como agentes da paz a níveis distrital, provincial e nacional. (Carta)

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