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BCI
quarta-feira, 31 julho 2019 11:53

Filipe Nyusi e Ossufo Momade assinam Acordo de Cessação de Hostilidades amanhã na Gorongosa

Está marcada para amanhã (quinta-feira) a assinatura do Acordo Definitivo de Cessação das Hostilidades entre o Governo e a Renamo. O acto, a ter lugar na Serra da Gorongosa, distrito com mesmo nome, na província de Sofala, foi anunciado no início desta tarde, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o seu Informe sobre o Estado Geral da Nação.

 

O documento, a ser assinado pelos Presidentes da República e da Renamo, Filipe Nyusi e Ossufo Momade, respectivamente, visa cessar todas hostilidades militares entre as forças governamentais e as do maior partido da oposição. Segundo o Chefe de Estado, o Acordo irá responsabilizar as duas partes de “se abster de todos actos hostis ou militares contra forças e posições ou propriedade e nem contra a população”.

 

 

“Este momento histórico reafirma a nossa esperança para um futuro risonho e antecede a assinatura do Acordo de Paz, de Reconciliação de Maputo, que dentro de dias deverá ser celebrado aqui na capital (Maputo)”, garantiu Nyusi, sem avançar a data concreta.

 

Na ocasião, o também Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) anunciou, igualmente, a chegada, a partir da noite de hoje, dos Oficiais da Renamo a serem integrados na Polícia da República de Moçambique, porém, sem revelar o número. Confirmou ainda o arranque, na passada segunda-feira (29 de Julho), na zona de mangueiras, na Serra da Gorongosa, do processo de registo dos militares da Renamo, com vista a implementação dos consensos alcançados no capítulo do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração destes na sociedade.

 

Naquela que foi a sua última intervenção a partir do pódio da Assembleia da República, neste mandato, o Presidente da República saudou também os deputados por terem “agilizado e aprovado por consenso”, na segunda-feira, a Lei da Amnistia, tendo sublinhado que a mesma foi submetida no âmbito da “tolerância e reconciliação real, como forma de agilizar o processo de paz em curso”. (Abílio Maolela)

 

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