A Procuradora-chefe da Província de Maputo, Evelina Gomane, disse, esta terça-feira, em entrevista à Radio Moçambique (RM), que os contornos da morte da antiga Vereadora de Plano e Finanças, no Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Célia Cumbe, poderão ser esclarecidos nos próximos 40 dias.
Falando à rádio pública, Evelina Gomane disse que, no momento, decorrem procedimentos de investigação, concretamente, a recolha de dados que irão permitir o esclarecimento das circunstâncias exactas que levaram à morte da titular da pasta das Finanças naquela autarquia, durante o mandato de David Simango.
Refira-se que Célia Cumbe perdeu a vida, no passado dia 05 de Março, em circunstâncias estranhas, na sua residência, no bairro da Matola C, no Município da Matola. O seu corpo foi encontrado com sinais de queimaduras, alegadamente provocadas por um incêndio, que consumiu parte da cama, onde se encontrava.
À RM, Evelina Gomane voltou a realçar ainda que os resultados da autópsia afastam, na plenitude, a hipótese de ter sido suicídio, um facto que a magistrada já havia avançado no passado dia 02 de Abril, aquando da divulgação dos resultados preliminares dos exames.
Assim, a Procuradora pede colaboração do então sector laboral da finada, assim como de outro tipo de informação, de modo a apurar quais terão sido os movimentos da vítima, a sua comunicação, pois, segundo suas palavras, acreditam os investigadores que só assim se encontrará os suspeitos do crime.
Salientar que, na altura dos factos, decorria uma auditoria às contas do Conselho Municipal da capital do país, sendo que a finada era uma das peças-chave para o esclarecimento de algumas nuances financeiras e da gestão “danosa”, que se considera ter sido a administração de David Simango. (Omardine Omar)