Director: Marcelo Mosse

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BCI
quarta-feira, 20 novembro 2024 08:21

HCM regista uma média de 95 bebés prematuros por dia

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O Hospital Central de Maputo (HCM), concretamente no Serviço de Neonatologia, regista o nascimento de uma média de 95 bebés prematuros por dia, o que corresponde a 53,6 por cento (uma cifra de 1.150 bebés ao longo do presente ano).

 

A informação foi partilhada esta segunda-feira (18), pelo director clínico daquela unidade sanitária, António Cossa, que aponta a desinformação como uma das principais causas da prematuridade em Moçambique.

 

Neste âmbito, aponta que a prematuridade tem sido uma das principais causas de morte no serviço de Neonatologia, onde os prematuros extremos (aqueles que nascem antes das 28 semanas) são apontados como líderes das estatísticas, com uma taxa equivalente a 85 por cento, seguida dos que nascem entre as 54 e 36 semanas, com 16 por cento.

 

Falando no âmbito do dia Mundial da Prematuridade que se assinalou a 17 de Novembro, a directora da Neonatologia disse que a gravidez precoce em adolescentes, hipertensão e diabetes não controladas, HIV, infecção urinária não tratada, anemia e malária são indicados como principais factores da prematuridade, além de ser responsáveis pelas mortes.

 

Entretanto, a fonte esclareceu que a prematuridade pode também ter repercussão na fase infantil e adulta, isto porque há chances de os bebés nascidos precocemente apresentarem sequelas, problemas neurológicos e outras doenças.

 

Porém, para fazer face à situação, o HCM pretende ampliar os seus serviços com a construção de uma unidade de Neonatologia.

 

“Estamos numa fase muito avançada do projecto de edificação e implantação do novo bloco de neonatologia que terá melhores condições, em comparação com o actual”, frisou o director-geral do HCM, Mouzinho Saide. (AIM)

 

Eleições 2024: Reduziu para 60% o número de pacientes atendidos nas unidades sanitárias

 

O país registou uma diminuição de 60% no número de pacientes atendidos nas unidades sanitárias, no âmbito das manifestações convocadas pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, em repúdio contra a fraude eleitoral.

 

Os dados foram apresentados esta terça-feira (19) pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, na sua comunicação à Nação sobre o balanço das consequências das manifestações que vêm ocorrendo por todo o país, após o anúncio dos resultados das eleições de 09 de Outubro, considerados fraudulentos.

 

Nyusi destacou que os danos da violência, no contexto das manifestações, afectaram principalmente os mais vulneráveis socialmente, ou seja, os trabalhadores desprotegidos, que são os que mais sofrem neste tipo de contexto.

 

“A primeira e talvez a mais grave consequência dessa onda de violência manifestou-se na área da saúde, onde se registou uma redução de 60% no número de pacientes atendidos nos serviços de urgência de pediatria e de adultos, respectivamente”, destacou o Presidente.

 

Mais adiante, o Presidente da República anunciou ainda uma redução de 54% no número de doações de sangue, num período em que se aproxima a quadra festiva.

 

Por outro lado, disse Nyusi, foram ainda encerrados mais de 60 postos de vacinação e adiadas 54 brigadas móveis, o que resultou na perda ou adiamento da vacinação de mais de 6.500 crianças. Notou-se também uma redução de mais de 60% no número de profissionais de saúde nas unidades sanitárias.

 

Os números partilhados por Filipe Nyusi mostram que, nos últimos dias, ocorreram mais de 200 manifestações, marcadas pela vandalização de bens públicos e privados, roubo, saque em estabelecimentos comerciais, queima de pneus, bloqueio das vias públicas, entre outros.

 

Essas manifestações resultaram ainda em 807 cidadãos feridos, dos quais 66 eram membros da Polícia da República de Moçambique (PRM), e 19 pessoas mortas, cinco das quais eram membros da PRM. (M.A.)

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