Algumas escolas na cidade e província de Maputo abriram as suas portas nesta quarta-feira (13) para concluir as avaliações finais, mesmo em meio à quarta fase das manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, para protestar contra os resultados eleitorais, considerados fraudulentos.
Em breve conversa com alguns alunos de diversos estabelecimentos de ensino da cidade e província de Maputo, apuramos por exemplo que as escolas secundárias de Malhazine, Eduardo Mondlane, Força do Povo, Laulane e Básica da Matola-Gare abriram as suas portas nesta quarta-feira para atender os discentes que não conseguiram realizar as últimas avaliações na semana passada.
Na Escola Básica da Matola-Gare, grande parte dos alunos do ensino primário conseguiu realizar as provas entre segunda e terça-feira, sendo que esta quarta-feira apenas foi reservada para os do ensino secundário. No entanto, por não terem conseguido terminar as avaliações, alguns precisaram levar as provas para casa para concluí-las.
Já na Escola Secundária de Malhazine, onde também boa parte das avaliações foi realizada entre segunda e quarta-feira da semana passada, esta quarta-feira foi destinada àqueles que, por algum motivo, estiveram ausentes durante os dias de manifestação, bem como àqueles que ainda precisavam de concluir as avaliações.
Quanto à Escola Força do Povo, os alunos apareceram de forma tímida, visto que está à beira da estrada e num local que tem sido epicentro das manifestações com destaque para o incêndio de pneus. Além disso, o transporte público circulava de forma limitada, o que dificultou ainda mais a presença dos estudantes.
No bairro Ferroviário, precisamente na Escola Secundária Eduardo Mondlane, o cenário era o mesmo. Boa parte dos alunos presentes nesta quarta-feira eram aqueles que não realizaram as últimas avaliações na semana passada. Entretanto, a escola funcionou normalmente, apesar de ter sofrido interrupções na quinta e sexta-feira da semana passada, o que impediu alguns alunos de concluírem as provas.
Em conversa com o director da escola, Zacarias Mangave, explicou que o processo das avaliações decorre normalmente, estando em curso os últimos ajustes, pois, em breve, o ano lectivo irá terminar. No entanto, ele ressaltou que a maioria dos professores consegue chegar à escola para avaliar os alunos, com excepção de alguns, dependendo da zona onde residem. (M.A.)