Um tribunal sul-africano ordenou a deportação imediata de 16 mulheres moçambicanas ilegais que foram detidas há cinco dias na companhia de uma dezena de menores no nordeste da África do Sul, foi ontem anunciado.
“Os arguidos foram condenados a 2.000 rands [7.000 Meticais] ou pena de prisão de seis meses, totalmente suspensa por cinco anos, desde que os arguidos não sejam condenados por um delito semelhante durante o período de suspensão”, salientou em comunicado a porta-voz da unidade investigação criminal (HAWKS, na sigla em inglês) da Polícia Sul-Africana (SAPS), Sekgotodi Dineo. “O tribunal ordenou ainda a deportação imediata dos acusados para o seu país”, adiantou.
Um total de 41 cidadãos moçambicanos foram detidos na noite de sexta-feira por alegado tráfico humano, quando a polícia intercetou dois miniautocarros que transportavam pessoas indocumentadas de Moçambique para Joanesburgo, anunciou a polícia sul-africana.
“Durante a operação, identificou-se um total de 16 mulheres que viajavam com dez crianças pequenas, quatro raparigas adolescentes, e 15 homens, sem a devida documentação”, disse Sekgotodi Dineo. “Os suspeitos foram detidos e acusados de rapto, auxílio, cumplicidade e violação da Lei da Imigração, respetivamente”, salientou.
O Tribunal de Magistrados de Barbeton não apreciou o caso contra os menores, tendo decidido adiar ainda a apreciação do caso contra os 15 homens moçambicanos, que se encontram detidos, para 20 de agosto, indicou a porta-voz da polícia.
Em maio, oito jovens moçambicanos com idades entre 13 e 17 anos foram deportados para o seu país após terem sido resgatados de uma fábrica chinesa, em Nigel, pequena cidade mineira no sudeste de Joanesburgo. A fábrica empregava crianças e estrangeiros indocumentados, segundo as autoridades de Segurança Social da província de Gauteng, onde se situa a capital económica do país africano. (Lusa)