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quinta-feira, 18 julho 2024 09:32

Finalmente, FIPAG restabelece água no Instituto Comercial de Maputo

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O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) decidiu na terça-feira restabelecer o fornecimento do precioso líquido no Instituto Comercial de Maputo (ICM) e as aulas do segundo semestre retomaram na manhã desta quarta-feira.

 

Segundo o Director do ICM, Daniel Mafumo, em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM), o problema da falta do precioso líquido está neste momento ultrapassado porque o fornecedor, o FIPAG, decidiu voltar a fornecer água, a partir de terça-feira, por volta das 08h00, o que significa que já estão criadas as mínimas condições para uma retoma segura e condigna das aulas.

 

“Nesta instituição temos muitos formandos, entretanto, sabemos que a água é imprescindível e não tínhamos como retomar com as aulas na segunda-feira (15.07), que era o dia previsto no nosso calendário escolar para o início do segundo semestre”, disse.

 

Frisou que os alunos perderam dois dias de aulas, mas tudo será feito para recuperar o tempo perdido.

 

Mafumo acusa FIPAG de insensível

 

O Director do ICM diz que o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) foi bastante insensível ao recusar negociar com a escola para o fornecimento da água, mesmo com dívidas.

 

Entretanto, Mafumo não sabe dizer se o restabelecimento de água é uma forma de demonstração de consenso alcançado com o FIPAG, visto que a direcção da escola e os pais e encarregados de educação empreenderam esforços com vista à abertura de um furo de água. A iniciativa foi tomada depois do fracasso das diligências feitas junto ao FIPAG, uma vez que se mostrava indisponível para resolver o problema.

 

“Por esta razão, não tínhamos outra solução se não pedir a parceria dos encarregados para abertura de um novo furo”.

 

O director do ICM disse que, depois da abertura do novo furo de água, na última terça-feira, o FIPAG restabeleceu o fornecimento do precioso líquido ao Instituto, sem negociação prévia.

 

“Esses do FIPAG vieram fechar a água numa altura em que faltavam duas semanas para as aulas terminarem e corríamos o risco de mandar parar tudo. Se não terminássemos o semestre corríamos o risco de comprometer a certificação dos formandos e inclusive o primeiro semestre, mas a direção da escola envidou um esforço enorme para que as aulas não fossem interrompidas no dia 11 de Junho, data em que eles fecharam a agua”, explicou.

 

Mafumo garante que foram feitas várias diligências com o FIPAG e este mostrou-se insensível, não obstante o apoio dos encarregados de educação ter permitido ao ICM a redução de algum valor da dívida.

 

“Nesta escola estamos a formar alunos que são filhos de camponeses, filhos de pobres e eu espero que algum dirigente do FIPAG tenha algum filho a estudar nesta escola e perceba que estamos a formar estes meninos com muito sacrifício, e sem água não há saúde e não há higiene”, sentenciou. (M.A)

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