Os ataques terroristas e o extremismo violento, que se vivem em alguns distritos da província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, são uma ameaça existencial à República de Moçambique, segundo o Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume.
Discursando no último sábado, no encerramento do XXV Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, Cristóvão Chume defendeu que os actos terroristas que martirizam a população de Cabo Delgado constituem uma ameaça transnacional, que se revela “um factor perturbador da nossa segurança nacional”.
“Categorizamos o terrorismo e o extremismo violento como ameaças existenciais à República de Moçambique. Urge reiterar as nossas vénias aos jovens bravos das nossas forças de defesa e segurança, que combatem sem trégua o terrorismo e o extremismo violento na Província de Cabo Delgado”.
Para se ultrapassar o desafio, Chume entende que a união e a determinação são a principal arma, devendo ser complementadas pela formação, capacitação e apetrechamento das FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique).
“É vital intensificar a formação em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), garantindo que nossas forças estejam bem preparadas para enfrentar as ameaças modernas e utilizar ferramentas avançadas de comunicação e inteligência”, afirma, sublinhando ainda a necessidade de se aperfeiçoar os sistemas logísticos para assegurar o fornecimento eficiente e contínuo de recursos, equipamentos e suprimentos necessários para as operações das FADM.
Refira-se que os ataques terroristas continuam a semear luto e dor em alguns distritos de Cabo Delgado, com destaque para os distritos de Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia, onde os insurgentes continuam a controlar algumas comunidades. (Carta)