Trata-se das Escolas Comunitária Armando Emílio Guebuza, da Primária Completa de Matchic-Tchic e do Instituto Comercial, todas na cidade de Maputo que estão sem água, obrigando os alunos a levar água em garrafas plásticas para o uso individual. A Escola Comunitária Armando Emílio Guebuza, localizada no bairro Chamanculo, está sem água há mais de três meses por conta de uma dívida com a empresa fornecedora.
Como consequência, os professores e alunos usam as paredes da escola para fazer as suas necessidades. “Esta situação está um caos, não tem sido fácil urinarmos nas paredes da escola, porque é um local onde homens e mulheres se cruzam, incluindo os professores. Nós mulheres por vezes queremos trocar o nosso penso higiénico. Somos obrigados a estar expostos perante homens, ou temos que pedir em casas-de-banho das vizinhas da escola porque as da escola, além de não terem água, estão trancadas”, relatam as alunas.
A Escola Primária Completa de Matchic-Tchic está sem água há mais de um mês, também por conta de uma dívida com o fornecedor [Fundo Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG)]. Os alunos são obrigados a levar garrafas de água das suas casas para usar na casa de banho da escola, facto que está a desgastar a todos, inclusive os encarregados de educação.
Já o Instituto Comercial de Maputo está sem água há alguns dias e sem muita explicação sobre o problema. Os alunos contam que algumas funcionárias da escola são obrigadas a buscar água na Escola Secundária Josina Machel.
No entanto, o mais preocupante é o facto da direcção da escola estar a obrigar os alunos a contribuir com um valor de 500 Mts para abertura de um novo furo de água. “Carta” tentou ouvir as direcções destas escolas, mas não se mostraram disponíveis. (M.A)