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terça-feira, 02 julho 2024 09:46

Governo de Cabo Delgado reconhece que ainda não consegue travar garimpo na província

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As autoridades da província de Cabo Delgado estão longe de estancar a prática do garimpo, hoje considerada uma das actividades de risco nas zonas mineiras, dadas as irreparáveis consequências sociais do fenómeno.

 

"Carta" sabe que quase todos os meses, ainda que não seja oficialmente confirmado, há relatos de mortes por soterramento. As mortes ocorrem quando jovens com esperança de ganhar avultadas somas de dinheiro apostam no garimpo como meio de sobrevivência e, noutros casos, invadindo áreas legalmente concessionadas.

 

Falando na sexta-feira (28) em Pemba, o Director do Serviço Provincial de Infra-estruturas, Norte Luali, reconheceu que o garimpo é um grande problema. "Este é um grande problema que nós temos", disse, admitindo ser um desafio estancar a prática.

 

Norte Luali apontou que o governo, através de um trabalho multi-sectorial, tem estado a desencadear acções com vista a estancar a prática, que parece ainda estar longe do fim. Para o governo, a ideia seria reunir os garimpeiros em associações e constituir cooperativas para exercerem a actividade.

 

O garimpo nas zonas mineiras de Cabo Delgado é maioritariamente praticado por jovens nacionais e estrangeiros e, nalguns casos, resultou em detenções, para além de mortes. com uma concessão mineira em Montepuez, a Montepuez Ruby Mining é uma das empresas que frequentemente reporta mortes por garimpo em suas áreas.

 

Além de Montepuez, os distritos de Ancuabe, Meluco e Chiúre são outros focos de florescimento do garimpo na província de Cabo Delgado. (Carta)

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