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segunda-feira, 22 abril 2024 08:54

Fiéis católicos e de outras congregações religiosas relembram o massacre de 23 catequistas Mártires de Guiua

Vários fiéis católicos e de outras congregações religiosas reuniram-se, neste domingo, em Guiua, distrito de Jangamo, província de Inhambane, numa missa de recordação dos 23 catequistas assassinados barbaramente a 22 de Março de 1992, na guerra dos 16 anos.

 

O grupo de 23 catequistas, mártires de Guiua, era composto por homens, mulheres e crianças e os seus corpos repousam num cemitério transformado em santuário. Este grupo foi assassinado por um grupo de homens armados, durante uma formação no Centro Catequético em Guiua.

 

Informações partilhadas pela Rádio Moçambique (RM) indicam que, na missa orientada pelo Bispo da Igreja Católica em Inhambane, Dom Ernesto Maguengue, para além dos peregrinos oriundos de diversas paróquias desta província, participaram também crentes de outras províncias e até mesmo estrangeiros.

 

A homilia do Bispo esteve centrada na necessidade de construção de uma nação que respeita a vida humana, preserva valores éticos e morais e aceita a missão divina. Foram feitas ainda orações para a necessidade do cultivo do perdão e manutenção da paz.

 

O Padre responsável por Guiua diz que alguns peregrinos cumprem com esta jornada anualmente e o fazem também num contexto turístico. Por sua vez, o Governo de Inhambane considera o momento importante para o fortalecimento do espírito de Deus.

 

Lembre que os 23 catequistas assassinados tinham sido escolhidos em diferentes Missões, entre os distritos de Vilankulo, Mapinhane, Massinga, Funhalouro e Guiua e perderam a vida quando acabavam de chegar na sequência de um ataque de homens armados ao Centro Catequético e raptou a maior parte das famílias.

 

Durante uma marcha carregando os bens saqueados pelos atacantes, foram conduzidos à força para uma base, de onde vinham os invasores. Pelo caminho, um grupo de 23 catequistas acabou sendo chacinado à baioneta. (Carta)

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