Os estabelecimentos penitenciários em Moçambique têm uma prevalência de HIV que se situa em 31.5 por cento em mulheres e 25.4 por cento em homens, segundo dados preliminares do Inquérito Biológico e Comportamental em Reclusos e Agentes Penitenciários no país. O Inquérito foi realizado em 2022, pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em parceria com o Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP).
Apresentado no passado dia 02 de agosto, o Inquérito visava apurar a prevalência do HIV, sífilis e supressão viral do HIV entre os reclusos e agentes penitenciários e avaliar o acesso e utilização dos serviços de prevenção, testagem e tratamento.
De acordo com o INS, os resultados indicam que a prevalência da sífilis se situa em 10.9 por cento em reclusos e 3.6 por cento em reclusas. Entretanto, os dados indicam ainda que 94 por cento deste grupo conhece o seu estado serológico, 84.1 por cento está em tratamento anti-retroviral e 76.3 por cento alcançou a supressão viral.
Falando durante a apresentação dos resultados, o Director-geral do INS, Eduardo Samo Gudo, disse que os dados mostram que o país precisa de continuar a monitorar a tendência do HIV e de outras doenças de Transmissão Sexual nesta camada.
Refira-se que este é o segundo inquérito bio-comportamental de género a realizar-se no país, sendo que o primeiro foi em 2011, cujos resultados indicavam para uma prevalência de HIV de 23.1 por cento em reclusos e 36 por cento em reclusas. (Marta Afonso)