A equipa de cooperação entre militares e civis (CIMIC) da Missão de Formação da União Europeia em Moçambique (EUTM MOZ) é “significativa” para o sucesso global da missão ao lidar com pelo menos sete ameaças. Dentre as ameaças, incluem-se as rivalidades militares e não militares, étnicas, políticas e religiosas, disputas territoriais, conflitos por recursos, esforços inadequados ou fracassados de reforma, violações dos direitos humanos e enfraquecimento dos Estados, refere a EUTM MOZ.
A necessidade de interligar, avaliar e acessar o impacto que esses desafios têm ou podem causar em missões militares é de extrema importância, acrescenta aquela entidade.
A Equipa CIMIC da Missão de Formação da União Europeia em Moçambique (EUTM MOZ) tem um duplo papel. Um deles é desenvolver projectos próprios, envolvendo as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para apoiar os objectivos da EUTM MOZ. O outro é a formação das Forças de Reacção Rápida (QRFs) das FADM, dotando-as de ferramentas necessárias para compreender o ambiente civil, fins e objectivos dos actores não militares, respeitar a primazia civil, actuar com integridade e coordenar parcerias com intervenientes internacionais e nacionais.
A interacção entre civis e militares em todas as actividades da EUTM MOZ fornece uma aceitação da força de comando, liberdade de movimento, bem como meios e capacidades para criar condições para um ambiente seguro e protegido, considerado essencial para o cumprimento da missão.
O conceito de CIMIC para operações militares lideradas pela UE define-se como “a coordenação e cooperação em todos os níveis entre componentes de operações militares lideradas pela União Europeia e actores civis externos, incluindo a população e autoridades locais, bem como organizações e agências internacionais, nacionais e não-governamentais. Tudo isso é para apoiar o mandato da missão militar juntamente com todas as outras funções militares”, lê-se na declaração.
A CIMIC apoia os objectivos da missão estabelecendo e mantendo a cooperação com actores não militares na área de operações, garantindo que as actividades sejam “harmonizadas” para evitar impactos negativos nas próprias operações e nas operações não militares e no ambiente civil. (Defenceweb)