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quinta-feira, 13 julho 2023 07:17

Governo promete resolver problemas dos médicos até Novembro deste ano

armindo tiago medicamentos

O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse esta quarta-feira que, dos quinze pontos do caderno reivindicativo da Associação Médica, apenas dois ainda não foram resolvidos. Tiago falava em Maputo na sequência da greve dos médicos e garantiu que as reivindicações da Associação dos Médicos de Moçambique serão resolvidas até ao mês de Novembro próximo.

 

Trata-se de inquietações que constam dos quinze pontos apresentados pela agremiação para a paralisação das actividades, em alguns pontos do país.

 

“Muitos dos médicos sem salários não recebem salário porque não informaram a sua entidade patronal, mas o que se deve ter em conta é que, às vezes, o sistema tem erros. O que decidimos é que os salários destes médicos serão em Julho. Quanto às horas extras, as que são anteriores a 2020 serão pagas este mês e as de 2022 e 2023 a partir de Agosto do ano em curso”, explicou Tiago.

 

Das 15 reclamações dos médicos, duas não foram constatadas no terreno, ou seja, são inexistentes, segundo explicou Armindo Tiago. Quanto ao pagamento de retroactivos, o titular da pasta da Saúde referiu que os cerca de 82 médicos abrangidos pela situação poderão ter uma reposta da situação até Novembro.

 

Armindo Tiago reagiu também à alegada troca das equipas de negociação denunciada pelos médicos, que, segundo a classe, está a comprometer o processo, afirmando que o Governo “sempre agiu de forma franca” e que, por se tratar de acto colegial, “o Governo pode, em função das circunstâncias, mudar a equipa negocial. O mais importante é que os técnicos não mudem. O que se pretende na negociação é a manutenção da memória institucional”.

 

O dirigente reiterou na ocasião a abertura por parte do governo para a retoma do diálogo com a Associação Médica de Moçambique para regularização de outras notas constantes no caderno reivindicativo da classe médica.

 

Tiago realçou que o governo deve tomar acções com base nas limitações orçamentais e de legalidade, face à resolução do diferendo que opõe os médicos e o sector que dirige.

 

Esta é a segunda greve dos médicos em menos de um ano, após a suspensão de uma outra convocada em Dezembro, com a ausência de resultados nos entendimentos alcançados com o Governo nas negociações realizadas no fim do ano passado.

 

Além dos médicos, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique também esteve em greve no mês passado em contestação à aplicação da nova tabela salarial, tendo dado um prazo de 60 dias ao Governo para resolver, pelo menos, uma parte das suas reivindicações. (Carta)

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