Várias famílias afectadas pelas chuvas na cidade de Maputo continuam a viver em casas alagadas e nos Centros de Acolhimento, dois meses após o término da época chuvosa, enquanto a edilidade continua a buscar soluções para reassenta-las.
As chuvas afectaram pouco mais de 32 mil pessoas, sobretudo dos distritos de KaMubukwana, KaTembe, KaMavota e Nlhamankulu e causaram cinco mortos e um ferido grave, para além de vários agregados familiares desalojados.
Entretanto, a directora municipal de Acção Social, Gilda Florentino, disse que a edilidade providenciou ajuda humanitária para 267 famílias, totalizando 1216 pessoas abrigadas em seis Centros de Acolhimento nos distritos de KaMubukwana, KaMavota e KaTembe.
Por outro lado, a Vereadora de Acção Social e Saúde, Alice Abreu, disse que do trabalho feito pelos engenheiros nas zonas que continuam inundadas na cidade de Maputo concluiu-se que parte delas são bacias naturais. "Nós retiramos a água e a mesma volta a sair por baixo, não é solução”.
Em relação ao reassentamento das famílias que se encontram em zonas propensas a inundações, Abreu garantiu que já existe um cadastro de todas aquelas que foram reassentadas no passado e não será feito o reassentamento das mesmas.
No entanto, Abreu diz que a edilidade deve acelerar a construção de bacias de retenção e de valas de drenagem para a gestão das águas, privilegiando igualmente estudos sobre os locais de reassentamento das famílias para garantir segurança, com maior destaque para os distritos ainda com terra disponível. (Marta Afonso)