Uma embalagem de 15 quilos de sal que era vendida entre 250 a 260 meticais custa agora 700 a 800 mts, o que levou ao agravamento de um pacote de um quilo. Devido à escassez, o quilo é vendido a 35 mts o quilograma, contra os anteriores 25 mts, um aumento de 10 mts.

Depois de uma ronda em alguns mercados da província e cidade de Maputo ″Carta″ constatou que há falta de sal, principal ingrediente para confeccionar os alimentos e esta escassez preocupa vendedores e consumidores e leva os poucos que possuem o produto a agravar o preço do mesmo.

Em conversa com a “Carta”, alguns comerciantes do Mercado Grossista do Zimpeto dizem que os poucos que têm sal são os que adquiriram o produto há alguns meses porque nos últimos dias está muito difícil adquirir o sal. Os comerciantes também se queixam dos preços elevados para adquirir o produto para revender.

Em contacto com a “Carta”, o Vice-Presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes do Sal, Garcez Narcy, disse que as salineiras da província de Maputo estão a enfrentar a escassez do sal por conta das intensas chuvas que caíram em quase todo o país e as mudanças climáticas.

“São oito salineiras que funcionam na província de Maputo e quase todas não possuem o produto. Entretanto, o abastecimento dos mercados poderá melhorar se a chuva abrandar nas próximas semanas, visto que neste momento estamos a evacuar a água das chuvas para que possamos ter o sal”.

A Associação garante que o pouco sal disponível vai para as padarias e os pequenos comerciantes nos mercados.

“Temos muito sal no Centro do país, mas não há meio de escoamento por conta das chuvas que caíram também naquele ponto, mas estamos a fazer de tudo para que a situação esteja normalizada o mais breve possível”. (Marta Afonso)