Dezasseis (16) dias depois de ter arrasado a província de Inhambane, o Ciclone Tropical FREDDY voltou a destruir o país. Desta vez, as vítimas foram as províncias da Zambézia, Sofala e Tete, naquela que foi a sua segunda passagem por Moçambique, num movimento pouco comum.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), desta vez, o FREDDY atingiu o país na qualidade de Ciclone Tropical de Categoria III, com ventos de 148 Km/h e rajadas de 213 Km/h, tendo depois enfraquecido para o estágio de Tempestade Tropical Moderada, com ventos de 65 Km/h e rajadas de 95 Km/h.
Até ao momento, não é conhecida a dimensão do estrago causado pelo Ciclone Tropical FREDDY na província da Zambézia, devido à queda do sistema de telecomunicações e da rede eléctrica, o que impossibilita a comunicação com aquela província.
Entretanto, as primeiras imagens ilustram uma província da Zambézia destruída, em particular as cidades de Quelimane e Mocuba e os distritos de Namacurra e Nicoadala. Pelo menos duas pessoas perderam a vida nas cidades de Quelimane e Mocuba. Centenas de casas e algumas lojas e armazéns também não resistiram à fúria do FREDDY, que está em actividade há 38 dias.
No entanto, a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos lança o alerta para o agravamento de inundações da cidade de Quelimane, capital provincial da Zambézia, devido à subida dos níveis hidrométricos nas zonas costeiras da província da Zambézia e da ocorrência de chuvas muito fortes e persistentes. Aliás, o INAM refere que a província da Zambézia irá registar chuvas fortes até à próxima quarta-feira.
Para além de Quelimane, a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos alerta para riscos de inundações nos distritos de Maganja da Costa, Namacurra, Nicoadala, Morrumbala, Mocuba, Mopeia, Chinde, Luabo, Doa, Mutarara, Chemba, Caia e Marromeu, devido à subida dos caudais dos rios Licungo, Namacurra, Raraga e Zambeze (Baixo Zambeze).(A.M)