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Pouco mais de 52 crianças recém-nascidas prematuramente não resistiram e morreram nos últimos nove meses do presente ano, a nível da província de Nampula, no norte de Moçambique, segundo as autoridades governamentais.
Nampula registou, no mesmo período, um total de 1.654 recém-nascidos prematuros contra 1365 em 2021, uma situação bastante preocupante e que obriga o governo a buscar soluções tendentes a minimizar e/ou evitar as mortes dos bebês.
Os dados foram revelados recentemente pela esposa do Secretário de Estado na província de Nampula, Ana Gondola, na passagem das cerimónias do dia mundial do prematuro. Sem avançar dados comparativos do ano anterior, a fonte disse que os números de óbitos correspondem a um aumento de 31% e, feitas as contas, significa que pelo menos 68 crianças morreram em 2021.
“O governo e os seus parceiros têm envidado esforços na implementação de estratégias para a redução de mortalidades em prematuros, focadas na melhoria dos cuidados obstétricos e pré-natais”, referiu.
Um outro mal que preocupa Ana Gondola são os casamentos prematuros, situação que, tal como disse, contribui em grande medida para os partos prematuros. Para o efeito, o seu gabinete, juntamente com parceiros, tem levado a cabo actividades de consciencialização e divulgação nas comunidades sobre uniões prematuras que geram, de certa forma, as gravidezes precoces, com implicações na saúde do bebé.
“É dever de todos nós, incluindo a família, apoiar as mães com recém-nascidos prematuros, tanto no aleitamento materno como nos cuidados básicos de higiene e segurança”, exortou Ana Gondola.
Dados estatísticos das autoridades da Saúde indicam que, em Moçambique, cerca de 11% das mortes de crianças menores de cinco anos são causadas pela prematuridade e, no mundo em geral, contabiliza-se 40% de mortes em recém-nascidos em 24 horas. Moçambique posiciona-se na 6ª posição dos cerca de 200 países do mundo com maior índice de nascimentos prematuros. (Carta)
