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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

quinta-feira, 22 setembro 2022 07:04

Cerca de 200 processos disciplinares são instaurados anualmente contra funcionários do HCM, em resultado do cometimento de diversas infracções

hcm maputo min

O Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, chega a instaurar anualmente entre 150 a 200 processos disciplinares contra os seus funcionários, como resultado de diversas infracções cometidas, desde os problemas éticos que se traduzem em mau atendimento, cobranças ilícitas, entre outros.

 

Segundo o Director do HCM, Mouzinho Saíde, que falava durante a abertura de mais um curso sobre ética e humanização em saúde, que decorreu entre os dias 19 e 20 do mês corrente, os problemas éticos existentes no seio de alguns profissionais da saúde da instituição que dirige interferem na qualidade dos serviços prestados.

 

De acordo com Saíde, a comunicação entre os profissionais da saúde e os pacientes têm estado no centro das atenções e, muitas vezes, gera reclamações por parte dos utentes.

 

Mouzinho Saíde aponta ainda que os conflitos judiciais envolvendo profissionais de saúde e pacientes constituem outro problema que ultimamente tende a crescer naquela que é a maior unidade sanitária do país, sendo que, em alguns casos, após transitarem em julgado, acabam resultando em responsabilização criminal.

 

Para Mouzinho Saíde, sendo o HCM uma instituição que preza pelos altos padrões de humanização e ética, exige-se que cada profissional tenha comportamentos exemplares, com risco de ser responsabilizado de forma disciplinar.

 

“Espero que deste curso saiam resultados satisfatórios que contribuam para mudar o actual cenário, que não dignifica a instituição”, referiu.

 

No entanto, o Director do HCM aproveitou a ocasião para elencar vários procedimentos que estão em curso para resgatar a ética profissional daquela unidade sanitária para minimizar o impacto dos problemas que se têm registado. (Marta Afonso)

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