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Sem especificar o valor dos activos recuperados das dívidas ocultas, a Directora do Gabinete Central de Recuperação de Activos (GCRA), Amélia Machava, explicou que, para além dos produtos financeiros, foram recuperados ainda bens imóveis e móveis.
“O processo de recuperação dos activos deste caso ainda está em curso e, como sabem, a recuperação destes activos pode ser feita durante a investigação e instrução e também pode ser feita a posterior. E neste momento, foram recuperados activos durante a instrução e continuamos com o processo de busca quer a nível interno e externo”, garantiu Machava durante a cerimónia de abertura da formação em matéria de estruturas offshore e auxílio judiciário mútuo.
Na ocasião, Machava explicou ainda que há fortes indícios de existência de capitais de alguns empresários moçambicanos em paraísos fiscais, daí que foram desencadeados procedimentos de recuperação internacional para certificar e buscar esses activos se lá existirem.
Falando sobre a formação, Machava referiu que a mesma se reveste de extrema importância, visto que, através dela, se pretende conhecer as estruturas “offshore” e a forma de como interagir com estas estruturas com o objectivo de recuperar estes activos.
A formação conta com um total de 25 formandos, entre os quais magistrados, investigadores do Serviço Nacional de Investigação Criminal e técnicos do Gabinete de Informação Financeira e vai decorrer em parceria com o Centro Internacional para a Recuperação de Activos (ICAR). (Marta Afonso)
