O governo de Cabo Delgado, com apoio das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e ruandesas, registou 3.556 deslocados acolhidos no centro de Quitunda, em Palma, para lhes proporcionar os meios necessários para o regresso às zonas de origem na vila de Mocímboa da Praia.
O primeiro grupo de famílias, num total de 123 pessoas, regressou no passado dia 9 de Junho, através de viaturas civis e militares, numa operação que contou com a participação do Presidente do Conselho Autárquico de Mocímboa da Praia e de líderes comunitários. Numa primeira fase, os regressados foram instalados no bairro Nanduadua.
Em outras comunidades do distrito de Palma, como Olumbe por exemplo, também decorre o registo de famílias deslocadas de Mocímboa da Praia que estejam interessadas em regressar às suas casas.
No último domingo, o Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, esteve no norte da província para se inteirar do Plano de Reconstrução na vila de Mocímboa da Praia, onde manteve um encontro com a população instalada no bairro Nanduadua. Refira-se que um dos motivos que obriga a população a regressar às suas zonas de origem tem a ver com a redução do apoio alimentar por parte do governo e das organizações humanitárias.
Recentemente, o Secretário do Estado, António Supeia, afirmou em Ancuabe que o regresso das famílias deslocadas às suas aldeias de origem é opcional, ou seja, querendo, as pessoas podem ter duas residências.
O retorno das famílias a Mocímboa da Praia, com apoio das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e ruandesas, acontece poucos dias depois do Chefe de Estado, Filipe Nyusi, ter afirmado que o governo ainda não deu ordens para o regresso da população deslocada. (Carta)