O Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Angoche, na província de Nampula, Ossufo Rajá, queixa-se novamente de perseguição política por parte da Frelimo, partido que gere os destinos de Moçambique desde a independência em 1975.
A reclamação surge na sequência da greve dos funcionários daquela autarquia, que teve lugar no passado domingo, na qual estes reclamavam melhores condições de trabalho e pagamento do 13º vencimento referente a 2021.
Segundo Ossufo Rajá, a perseguição deve-se ao facto de, em três anos, ter feito 10 vezes aquilo que a Frelimo fez durante os 10 anos em que esteve no poder naquela autarquia.
À imprensa, Rajá reconheceu estar a dever o 13º salário de 2021 e que tudo está a ser feito para satisfazer as necessidades dos seus trabalhadores, porém, nega ter agredido fisicamente os grevistas e muito menos ter desafiado as autoridades do Estado.
Para o autarca, a principal razão da greve é por estar a fazer “bom trabalho” no município, um facto reconhecido até pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi. Refere que os grevistas são membros do partido Frelimo, os mesmos que o perseguem desde que chegou à presidência daquele município, em 2019. O Edil garante que todos os funcionários serão pagos, porém, apela que os grevistas regressem ao trabalho.
Refira-se que as reclamações de perseguição não são novas. Tal como outros edis da Renamo, Rajá queixa-se de perseguição política desde que chegou à presidência daquele município da província de Nampula. (O.O.)