Os 27 trabalhadores da Açucareira de Xinavane, detidos semana finda, na sequência dos tumultos que se registaram naquele Posto Administrativo do distrito da Manhiça, província de Maputo, e que culminou com o incêndio de viaturas, residências e um Posto Policial, conhecem a sua sentença ainda esta semana.
A informação foi avançada pelo porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Maputo, Juarce Martins, em entrevista à Rádio Moçambique (RM). De acordo com a fonte, os 27 indivíduos vão responder pelos crimes de desobediência e destruição dos bens públicos e privados. O caso está nas mãos do Tribunal Judicial do Distrito da Manhiça.
Lembre-se que, na passada quarta-feira, um grupo de trabalhadores paralisou a vila de Xinavane, tendo vandalizado residências, viaturas e saqueado bens, em retaliação à detenção de sete colegas, indiciados de incitarem colegas a protestar contra o não aumento salarial e pagamento de bónus.
O caso levou à queda, em 24 horas, do Comandante Provincial da PRM de Maputo, do Comandante Distrital da PRM de Manhiça e do Chefe do Posto Policial de Xinavane, facto inédito na administração pública moçambicana.
Refira-se que, para além da responsabilização dos responsáveis pela vandalização daquela vila, a Ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, exigiu seriedade nas negociações por parte da empresa, com vista a evitar situações idênticas no futuro. (Marta Afonso)