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BCI
quarta-feira, 19 janeiro 2022 04:57

Tribunal Judicial da Província de Maputo condena a 30 anos de prisão um dos "cabecilhas da quadrilha" de caça furtiva em Magude e Massingir em Moçambique e Kruger Park na África do Sul

O colectivo de juízes da 6ª Secção do Tribunal Judicial da Província de Maputo (TJPM) presidido pelo Juiz Jafete Sigoto Fremo condenou o réu Admiro Ananias Salvador Chauque, natural e residente no posto administrativo de Mapulanguene, distrito de Magude, província de Maputo, a 30 anos de prisão efectiva e 28 anos de pagamento de multa, correspondente a taxa de 1% do salário mínimo. 

 

Admiro Chauque era acusado pelo Ministério Público pelos crimes de caça proibida, associação para delinquir e porte de armas proibidas.

 

Segundo o Ministério Público, o réu era reincidente e liderava uma quadrilha de caçadores furtivos que operava nos distritos de Magude (Província de Maputo) e Massingir (Província de Gaza) e no Kruger National Park (África do Sul), mas tudo viria a mudar no dia 03 de maio de 2021, quando pela segunda vez vinha de uma tentativa frustrada de caça ilegal do rinoceronte.

 

De acordo com as autoridades judiciais, Admiro Chauque já havia sido interpelado pelas autoridades em Janeiro de 2020, quando na companhia dos seus comparsas que se encontram detidos, foi abordado na residência de um médico tradicional.

 

Chauque dirigiu-se ao médico tradicional à busca de tratamento para um dos seus comparsas do crime organizado que ficou ferido depois de mais uma incursão de caça ilegal de espécies de animais protegidos que, posteriormente, são traficados para os países asiáticos, concretamente, Vietname e China.

 

Ainda na Província de Maputo, foi condenado a nove anos e dois meses de prisão, na última segunda-feira (17), um caçador furtivo de nome Leonardo Bernadete Carlos por ter sido flagrado em Julho de 2021 no Parque Nacional de Maputo (então Reserva Especial do Maputo) a colocar armadilhas para imobilizar animais. Na ocasião, Leonardo Carlos estava na companhia de um menor de 14 anos de idade.

 

De referir que, nos últimos anos, os tribunais nacionais têm aplicado penas pesadas aos caçadores furtivos, bem como aos transportadores e portadores de troféus de animais protegidos, à luz das leis internas e internacionais. As províncias do Niassa, Cabo Delgado, Maputo-cidade e Maputo-província são as que registam mais casos julgados e sentenciados. (OOmar)

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