A Procuradoria-Geral da República (PGR) deteve, nesta segunda-feira, funcionários seniores das Alfândegas de Moçambique e despachantes aduaneiros por haver fortes indícios de corrupção. De acordo com a PGR, a fraude consistia na emissão pela Direcção-Geral das Alfândegas de uma isenção de encargos aduaneiros orçada, até ao momento, em 18.6 milhões de dólares (correspondentes a 1.2 bilião de meticais).
Segundo a PGR, os indiciados teriam requerido isenção de impostos como se pretendessem importar roupas usadas e capulanas para doarem às vítimas do terrorismo, mas tudo não passou de uma farsa. Conforme as autoridades, uma vez na posse da isenção, os acusados foram importando vários bens e mercadorias sem pagar os devidos impostos.
De referir que nos últimos tempos têm sido despoletados vários escândalos envolvendo funcionários das alfândegas afectos aos terminais internacionais. Antes deste caso, funcionários do Terminal Internacional do Aeroporto de Maputo foram detidos e julgados pelo seu envolvimento em crimes do género. (Carta)