No ano que agora termina, cerca de 3 milhões de moçambicanos passaram a ter acesso à alimentação adequada, subindo de 19 milhões de pessoas para 22 milhões com acesso à alimentação adequada, depois de um período de 5 anos onde o registo se manteve estacionário em cerca de 18 milhões de pessoas.
Uma avaliação do ponto de situação da segurança alimentar e nutricional aguda das áreas rurais e urbanas pós-colheita 2021 indica que houve uma redução de cerca 2,7 milhões de pessoas para 1,85 milhões de moçambicanos enfrentando níveis de insegurança alimentar aguda (IPC Fase 3), e cerca de 40 mil em situação de emergência alimentar (IPC Fase 4).
Estes dados representam a saída de cerca de 850 mil moçambicanos da situação de insegurança alimentar aguda. Os indicadores estão consistentes com a plataforma IPC ORG, que mostram que mais 4 milhões de moçambicanos passaram a ter alimentação adequada nos últimos dois anos, melhoria que se deveu, em grande medida, ao facto de as famílias passarem a ter acesso a alimentos da sua própria produção.
Estes factos demonstram que Moçambique tem condições para continuar a melhorar as suas reservas alimentares, melhorar a renda familiar, estabilizar preços, quantidade e qualidade de alimentos para mais moçambicanas e moçambicanos passarem a ter acesso à alimentação adequada, sem perder de vista a grande batalha da desnutrição crónica. Programas como o Sustenta tem contribuído sobremaneira para este cenário cada vez mais positivo.
Fontes:
World Food Programme (2021).Hunger Map: Mozambique Insight and Key Trends. Food Insecurity and a Glance. December.
SETSAN: Análise IPC da Insegurança Alimentar Aguda. Novembro 2021- Setembro 2021. Publicado em Dezembro de 2021. Maputo.
(Carta de Moçambique)