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segunda-feira, 20 dezembro 2021 03:27

DDR: Ainda faltam cinco bases da Renamo por encerrar e cerca de 2000 guerrilheiros por desmobilizar

Passados dois anos desde o início do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens da Renamo, ainda há cinco bases da Renamo por encerrar e 1.954 ex-guerrilheiros daquela organização política por desarmar, desmobilizar e reintegrá-los na sociedade.

 

Os dados foram avançados pelo Chefe de Estado, na passada quinta-feira, no âmbito da apresentação do Informe sobre o Estado Geral da Nação, evento que teve lugar na Assembleia da República.

 

De acordo com o Chefe de Estado, desde o início do processo, em 2019, apenas 11 bases da Renamo foram completamente desmanteladas, em cinco províncias do país, de um total de 16 unidades militares do braço armado do maior partido da oposição. Até ao momento, o Governo conseguiu desactivar as bases de Savane, Muxúnguè, Inhaminga, Chemba, Marínguè, em Sofala; Mabote, em Inhambane; Tambara, Mossurize, Báruè, em Manica; Zóbuè, em Tete; e Murrupula, na província de Nampula.

 

“Foram desmobilizados e reintegrados 3.267 antigos guerrilheiros da Renamo, representando 63% do total de abrangidos, dos quais 156 são mulheres e 3.141 homens, de um total de 5.221 pessoas”, disse o Chefe de Estado, assegurando que 90 ex-membros da Junta Militar da Renamo também se juntaram ao processo.

 

Segundo o Chefe de Estado, o Governo continua empenhado no cumprimento integral do Acordo de Paz Definitiva, assinado a 06 de Agosto de 2019, em Maputo, pelos Presidentes da República e da Renamo, Filipe Nyusi e Ossufo Momade, respectivamente.

 

“O processo de DDR tem sido conduzido num espírito de confiança mútua e de colaboração profícua entre o Governo, a Renamo e os parceiros internacionais e a equipa dirigida pelo enviado especial do Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres”, disse.

 

Entretanto, guerrilheiros desmobilizados da Renamo têm reclamado o pagamento de subsídios por parte do Governo, o que tem gerado algum ambiente de crispação entre o Executivo de Filipe Nyusi e a liderança da Renamo. Sublinhar que a falta de fundos tem manchado a implementação de um dos desafios que Nyusi se propôs a cumprir. (Carta)

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