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quinta-feira, 07 fevereiro 2019 04:52

Daviz e Lutero Simango estão a usar a mesma arma que matou os pais, diz Manuel de Araújo

O já confirmado presidente do Conselho Autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo, diz que a única coisa que restou de democrático no MDM é o ‘D’. Acrescenta que os irmãos Daviz e Lutero Simango apropriaram-se das armas que mataram os seus pais para destruir os preceitos da democracia a nível nacional.

 

“Não faz sentido que os filhos de Urias Simango estejam hoje a pactuar com o regime que matou os seus pais, e aplicando os mesmos princípios. O MDM usa as mesmas armas que a Frelimo usou para matar Urias e Celina Simango, com o intuito de matar a democracia em Moçambique”, disse.

 

Para Manuel de Araújo, a petição do MDM remetida ao CC para que ele não tomasse posse hoje (07) como presidente do Conselho Autárquico da capital zambeziana não é sinal de perseguição, como afirmam alguns, mas algo que o deixa indiferente. “Sinto pena do presidente Daviz Simango, seu irmão (Lutero Simango) e outros que militam no MDM”, afirma. 

 

Também falou sobre as mudanças operadas no Município de Quelimane pelo respectivo presidente interino, Domingos Albuquerque, proveniente do MDM. Para Araújo, tratou-se de mudanças que caracterizam os membros do MDM, sempre com objectivo de “assaltar” o erário municipal. “Essas mudanças têm um nome: Tocovismo. O Tocovismo é um pensamento de governação que caracteriza a governação do MDM. Essa doutrina de governação começou em Nampula, e consiste em chegar ao poder, assaltar os cofres do município e depois criar uma situação caracterizada por desordem”.

 

Reagindo ao Acórdão do Constitucional (CC), Manuel de Araújo disse ter sido uma decisão normal. “Este processo todo não era contra Manuel de Araújo. O que estava em julgamento era o nosso sistema de justiça, portanto os nossos juízes não se aperceberam que eles próprios é que estavam a ser julgados pela sociedade nacional e internacional”. Araújo disse ainda que os moçambicanos e o mundo inteiro estão de olhos no sistema de justiça em Moçambique.

 

Acrescentou que o veredicto dado pelo Tribunal Administrativo (TA) acabou pesando negativamente naquela que é a apreciação do mundo e da sociedade moçambicana sobre o próprio TA. O Acórdão do CC é visto por Manuel de Araújo como “um autêntico chumbo ao Tribunal Administrativo e seus respectivos membros”. Referiu que “o Conselho Constitucional com o seu veredicto acabou trazendo justiça e em última instância salvar a sua própria imagem, dando alguma esperança de que com um trabalho árduo será possível sairmos do descrédito em que se encontra o nosso sistema de justiça”. Por decisão do CC, Manuel de Araújo será hoje reconduzido ao cargo de líder do Município de Quelimane, durante a tomada de posse dos 53 presidentes dos Conselhos Autárquicos saídos das eleições do dia 10 de Outubro do ano passado. (S.R.)

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