Em 46º Conselho Coordenador, ocorrido semana finda em Nampula, o Banco de Moçambique apresentou um estudo sobre a produção, processamento e comercialização da castanha de caju no país, com enfoque para aquela província.
Da análise feita, conclui-se que “os grandes desafios da indústria do caju prendem-se com a debilidade do sistema de comercialização, que propicia o contrabando e limita o acesso à matéria-prima pela indústria, bem como com o limitado acesso ao financiamento, sobretudo para as empresas de capitais nacionais”.
Face aos desafios, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, defendeu maior aposta na indústria para que funcione dentro do real potencial, dada a sua importância na economia nacional.
De acordo com uma nota do Banco de Moçambique, Zandamela comprometeu-se, na ocasião, a interagir com instituições relevantes de forma a encontrar as melhores soluções para que a indústria do caju funcione dentro do real potencial, dada a sua preponderância na criação de emprego (em particular para as mulheres), geração de divisas e ganhos tributários para o Estado moçambicano.
A nossa fonte cita o Governador do Banco de Moçambique garantindo que a instituição que dirige procurará fazer a parte que lhe cabe de forma criativa e inovadora, procurando envolver todos aqueles que participam na cadeia de valor, pois, como disse, “é preciso colocar a indústria do caju no lugar que ela merece.”
Para além dessas soluções, o estudo apresentado pelo Director de Departamento de Estudos, Pinho Ribeiro, no que diz respeito à comercialização, defende o licenciamento específico dos actores da cadeia de valor e a transição gradual para um sistema de leilões como única modalidade de venda da castanha.
Quanto aos constrangimentos de acesso ao crédito, o estudo propõe o reforço do fundo de garantia e maior envolvimento dos bancos comerciais. (Carta)