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Embora se diga à boca pequena que o apoio ruandês no combate aos ataques terroristas, na província de Cabo Delgado, inclui “cabeças” dos opositores de Paul Kagame em Moçambique, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC) garante não haver nenhum acordo de extradição de cidadãos ruandeses presos e procurados pelo Ruanda, entre os memorandos celebrados sexta-feira finda, no distrito de Mecúfi, província de Cabo Delgado.
Em entrevista à “Carta”, António Macheve, porta-voz do MINEC, disse não ser verdade que existam esses acordos e que os únicos celebrados são referentes às áreas comercial e de investimento. Estes, explicou, juntam-se às áreas da agricultura, administração estatal, defesa e segurança, que já vinham vigorando entre os dois países.
Refira-se que a situação dos ruandeses refugiados em Moçambique continua tensa, sobretudo após o rapto de Ntamuhanga Cassien e o assassinato de Revocat Karemangingo, vice-Presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique. Aliás, há dias, os membros da associação solicitaram uma intervenção urgente da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, no sentido de fazer cessar a perseguição de que são alvos. (O.O.)
