Escasseia o Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) ou gás de cozinha da Galp, na zona metropolitana do Grande Maputo, há sensivelmente um mês. O facto está a criar açambarcamento e especulação do preço do produto.

Em rondas feitas nesta e na semana passada, “Carta” constatou que uma botija de 11 Kg chega a custar, em revendedores, entre 700 a 750 Meticais, contra os ideais 640 Meticais.

A escassez do produto está a criar transtornos. Fonte do jornal que preferiu anonimato contou, esta segunda-feira (31 de Maio), que começou a procurar pelo gás de manhã, mas até ao fecho deste artigo, por volta das 17 horas, não tinha conseguido comprar.

A nossa fonte explicou que percorreu de carro pessoal, todo o seu bairro, Hulene, não achou. Decidiu ir de posto em posto de abastecimento da Galp. Por exemplo, disse ter passado pelas bombas próximas ao Terminal de Transportes da praça dos Combatentes, vulgo “Chiquelene”, Aeroporto Internacional de Maputo, Praça da Organização de Mulher Moçambicana (OMM). Passou ainda pelas bombas próximas a “Ronil”, no Bairro Central, Município de Maputo e em tantos outros postos, mas não conseguiu.

Ciente desse problema, o jornal mandou, na segunda-feira (24 de Maio), uma carta à Galp Moçambique para obter as razões das falhas no fornecimento do gás. Durante os dias seguintes fomos solicitando as respostas, mas só na tarde de Sábado (29 de Maio), é que o CEO da Galp Moçambique, Paulo Varela, responde por SMS: “Penso que a nossa responsável de comunicação está a averiguar o assunto, pois, o fornecimento de gás está a decorrer normalmente”.

Tendo verificado que o problema persiste, nesta segunda-feira, voltamos a contactar o CEO e a responsável de comunicação da Galp Moçambique, mas até ao fecho deste artigo nenhum dos dois retornou às chamadas.

Como referido, a crise já vai há um mês e, conforme averiguamos, pelo menos na página de Internet, a Galp Moçambique não comunicou com antecedência as razões da escassez do produto. (Evaristo Chilingue)