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Actualizado de Segunda a Sexta

terça-feira, 25 maio 2021 04:45

Ecos do CC: Comissão Política volta a controlar as províncias

Dois anos depois das últimas mudanças, o Presidente da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, voltou a mexer nas brigadas centrais de assistência às províncias. No entanto, se de 2019 a 2021 algumas chefias das brigadas centrais não pertenciam à Comissão Política, desta vez, os membros do bureau político da Frelimo chamaram para si a responsabilidade de controlar de perto o que se faz e deixa de se fazer nas 11 províncias do país.

 

Dos 22 novos assistentes às 11 províncias, apenas cinco não integram a Comissão Política, desempenhando, assim, a função de vice-chefes das referidas brigadas centrais. São eles, Caifadine Manasse, Leonor das Neves, Francisco Mucanheia, Mariazinha Niquice e Chakil Abubacar.

 

Lembre-se que, de 2019 a 2021, algumas brigadas centrais de assistência às províncias eram chefiadas por pessoas que não pertenciam à Comissão Política. Trata-se, por exemplo, de Carmelita Namashulua (que chefiava a brigada central de assistência à província de Maputo); Luísa Diogo (em Tete); e Esperança Bias (na cidade de Maputo, porém, integrou a Comissão Política em 2020, em virtude de ser Presidente da Assembleia da República). Os seus vice-chefes eram apenas membros do Comité Central, nomeadamente, Bruno Morgado (cidade de Maputo); Arlindo Chilundo (Gaza); Chakil Abubacar (Inhambane); Celmira da Silva (Sofala); Leonor das Neves (Manica); Eduardo Abdula (Tete); Carlos Mesquita (Nampula); Cidália Chaúque (Cabo Delgado); e Atanásio M’Tumuke (Niassa).

 

Assim, de acordo com a nova composição, anunciada na noite do último domingo, pelo Presidente da Frelimo, durante o encerramento da IV Sessão Ordinária do Comité Central daquele partido, que teve lugar na cidade da Matola, província de Maputo, a brigada central de assistência à província do Niassa passa a ser dirigida por Sérgio Pantie, coadjuvado por Jaime Basílio Monteiro.

 

Para a província de Cabo Delgado, Nyusi indicou Alcinda De Abreu Mondlane e Caifadine Manasse, enquanto para a província de Nampula, a brigada central será chefiada por Eneas Comiche, tendo Carlos Agostinho do Rosário como seu ajudante.

 

Eduardo Mulembwe e Ana Rita Sithole irão trabalhar juntos na província da Zambézia, enquanto Conceita Sortane e Raimundo Diomba vão prestar assistência à província de Tete. A província de Manica será assistida por Aires Ali e Nyeleti Mondlane e a província de Sofala por Manuel Tomé e Esperança Bias.

 

Filipe Paúnde e Leonor das Neves prestarão assistência à província de Inhambane, sendo que a província de Gaza será assistida por Tomaz Salomão e Francisco Mucanheia. A província de Maputo terá os serviços de Margarida Talapa e Mariazinha Niquice; enquanto a capital do país contará com Verónica Macamo e Chakil Abubacar.

 

Segundo Filipe Nyusi, as mexidas fazem parte de um processo de “rotação normal” dos quadros daquela formação política, pois, “as províncias não pertencem a um grupo, mas a nós todos”. Revelou, na ocasião, que não foram auscultados os Primeiros Secretários Provinciais, pois, para eles “qualquer quadro serve e tem de servir”. (Carta)

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