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quinta-feira, 20 maio 2021 04:39

JUGA'S WATER é a “indústria” de água mineral suspensa pela INAE, mas… continua a operar

Vinte e quatro horas após a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) ter anunciado a suspensão de uma indústria vocacionada à captação, tratamento e venda de água, devido às péssimas condições de higiene, assim como “má” localização, “Carta” foi à busca do seu nome, seu endereço e seu proprietário.

 

E não tardou que a descobríssemos. Trata-se da Juga's Water, pertencente ao empresário Luciano Miambo, conhecido como “Majugar”. A indústria está localizada na Avenida das Indústrias, nº 3.216, no bairro da Machava-sede, bem ao lado de um estabelecimento de venda de peças de viaturas, também pertencente ao empresário.

 

A nossa reportagem deslocou-se ao local, esta quarta-feira, a fim de observar, in loco, as razões que levaram a INAE a suspender as actividades daquela “indústria”. No local, constatamos que a Juga’s Water foi suspensa no passado dia 10 de Maio (conforme consta da notificação da INAE, fixada logo à entrada do estabelecimento), porém, a mesma encontrava-se operacional, contrariando as ordens das autoridades.

 

Conforme testemunhamos, o local está em obras, porém, continuavam as operações de venda e distribuição da “água purificada” aos utentes, na maioria residentes daquela área do Município da Matola.

 

Alberto Macamo é um dos clientes da Juga's Water e contou à “Carta” que consome a água do “Majugar” por ser supostamente acessível e de boa qualidade. Disse que não sabia que a “indústria” tinha sido suspensa, porque recorre àquele local para comprar o precioso líquido quase todos os dias.

 

A Juga's Water vende cada 5 litros de água a 25 Meticais, enquanto as garrafas de 10 litros custam 55 Meticais e as de 110 litros 330 Meticais. Pelo contrato mensal, os clientes pagavam um mínimo de 1.000 Meticais.

 

Diferentemente das outras indústrias que vendem a água já engarrafada e rotulada, a Juga's Water abre a possibilidade de cada cliente levar a sua própria garrafa e enchê-la na fonte. Esse processo ajuda os consumidores a poupar as suas moedas.

 

Lurdes Nhaúre, também cliente da Juga's Water, admitiu ter conhecimento de que a “indústria” foi suspensa, porém, desconhecia as razões. Aliás, por essa razão, confirma que continuava a comprar a “água purificada”, pois, a “indústria” mantinha o negócio.

 

“Carta” tentou obter explicações junto da direcção da empresa, mas não foi possível, pois, nenhum responsável pela gestão da “indústria” se encontrava no local.

 

INAE ainda se recusa a confirmar o nome da empresa

 

Confrontada com a situação, a INAE, na voz do seu porta-voz, Tomás Timba, recusou-se, mais uma vez, a revelar o nome da referida indústria suspensa, tendo garantido apenas que a mesma se localiza no Município da Matola.

 

Em conversa com “Carta”, Timba reiterou que a referida indústria continua encerrada até que se encontre um local que reúna condições adequadas para o desenvolvimento daquela actividade. Entretanto, garantiu que a instituição irá averiguar a situação. (Omardine Omar) 

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