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sexta-feira, 15 janeiro 2021 04:32

Raptos de civis em Manica: PRM recolheu os dois cidadãos por suspeita de ligação à Junta Militar da Renamo

Fontes da “Carta” avançam que o estranho rapto/detenção de dois cidadãos, no distrito de Sussundenga, província de Manica, ocorrido na noite do passado dia 29 de Dezembro – acto protagonizado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) – deve-se às suspeitas de ligação destes com a auto-proclamada Junta Militar da Renamo, que protagoniza ataques militares nas províncias de Manica e Sofala, no centro do país.

 

As fontes contam que Chingoma terá sido encontrado por um professor (com quem disputa uma porção de terra na povoação de Tswanzwa) a cozinhar para um grupo de homens armados pertencentes à auto-proclamada Junta Militar da Renamo, na sede do distrito de Sussundenga. A situação terá chocado o “rival”, que prontamente comunicou as autoridades que, por sua vez, tomaram todas as providências para neutralizar o indivíduo.

 

Conforme narram as fontes, no passado dia 29 de Dezembro, o Administrador daquele distrito, Tomás Razão, terá dirigido uma reunião, na qual participaram todos os secretários dos bairros de Sussundenga, com objectivo de identificar a morada de Albino Chingoma. Confirmada a morada de Chingoma, o governante delegou, ao Secretário do Bairro da comunidade de Tswanzwa, a responsabilidade de acompanhar uma equipa das Forças de Defesa e Segurança (FDS) até à casa do suspeito.

 

Chegadas ao local, na calada da noite, as FDS encontraram um dos filhos de Albino Chingoma, Tomás Chingoma, de 16 anos de idade (o pai havia se ausentado), a quem supostamente arrancaram telemóvel e deram uma bofetada. Minutos depois, apareceu o suspeito, que prontamente terá sido detido, junto com o seu filho. De seguida, as FDS tentaram deter um dos companheiros de Albino Chingoma, porém, sem sucesso.

 

Fontes da PRM, próximas ao processo, confirmam que, durante o período de “reclusão”, os dois não tinham direito às refeições, sendo que conseguiram sobreviver graças às refeições canalisadas aos outros reclusos, contra todos os riscos.

 

Os indivíduos terão sido soltos no passado sábado, 09 de Janeiro. Entretanto, até este momento, as autoridades ainda não se pronunciaram acerca do facto. Tentativas de ouvir a Polícia, em Manica, têm redundado num fracasso. (O.O.)

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