Até por volta das 7 horas desta manhã ainda havia rajadas de ventos fortes, intermitentes, violentando o Chiveve profundo. O Chalane bateu a porta por volta das 3 horas da manhã, com chuva torrencial e ventania "a cântaros", descarregando sua fúria sem dó nem piedade.
Tudo em doses menores que o IDAI (os ventos do IDAI foram de 240 kms/hora e dos Chalane entre 80 e 100 - as previsões eram de ventos de 150 kms/hora). O resumo da destruição fica por fazer, embora, como frisou Falume Chabane, jornalista local, tudo o que podia ter sido destruído já o IDAI levara. O Chalane não conseguiu cortar as comunicações nem a electricidade, a excepção da Manga, mas aqui o corte de luz pode ter sido uma medida de precaução por parte da EDM, devido à precariedade da rede. O Porto da Beira ficou intacto e as operações podem ser retomadas esta noite. A vida na cidade está a voltar à normalidade...mas muitos ainda se perguntam: por que é que a Beira se está tornando um caminho para o vento? (Carta)