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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

quinta-feira, 10 dezembro 2020 06:19

Desafios particulares de Moçambique também dizem respeito a Portugal

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, disse ontem, em Maputo, que os desafios que Moçambique enfrenta são também de Portugal, destacando a proximidade dos dois países e as relações de amizade.

 

"E aquilo que Portugal sente é que quando Moçambique tem desafios particulares, são também desafios que dizem respeito a Portugal e às relações de amizade entre os dois países", declarou Gomes Cravinho.

 

O governante português falava durante um encontro com o seu homólogo moçambicano, Jaime Neto, no âmbito de uma visita de trabalho que realiza desde ontem a Moçambique.

 

Para Gomes Cravinho, que visita Maputo a pedido de Jaime Neto, Moçambique e Portugal são países próximos e, na conjuntura atual, é fundamental a cooperação, na medida em que as "dinâmicas que afetam um, podem rapidamente afetar os outros".

 

"Quis com este gesto, por um lado, significar aquilo que é a solidariedade de Portugal e proximidade dos nossos países e, por outro lado, encontrar soluções muito práticas para os desafios com que nos confrontamos", declarou.

 

Na mesma ocasião, o ministro da Defesa moçambicano destacou as boas relações existentes entre os dois Estados.

 

"O Ministro da Defesa Nacional e as Forças de Defesa de Moçambique sentem-se honrados pela visita, que é prova das excelentes relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países", disse Jaime Neto.

 

João Gomes Cravinho estará em Moçambique até sexta-feira, tendo em vista a negociação de um novo programa de cooperação bilateral no domínio da Defesa e o estreitamento de relações com África no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE), que se iniciará em janeiro.

 

A visita decorre numa altura em que Moçambique enfrenta uma insurgência armada com ligações ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico na província de Cabo Delgado, norte do país.

 

A violência está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

 

Portugal já se mostrou disponível para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo dentro daquilo que o país considerar necessário, assim como a União Europeia (UE). (Lusa)

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