Vinte pessoas foram decapitadas, na semana finda, na região Kitaya, província de Mtwara, na República Unida da Tanzânia, a escassos Quilómetros de Moçambique. O ataque é atribuído ao grupo terrorista que actua na província de Cabo Delgado, norte do país, e foi reivindicado pelo Estado Islâmico, que garante ter assassinado três militares tanzanianos.
O referido ataque culminou também com a destruição de um veículo militar blindado, várias casas incendiadas, valores monetários saqueados e armamento militar assaltado. Aliás, vídeos e fotografias postas a circular, nas redes sociais, mostram integrantes daquele grupo terrorista a decapitarem um homem e, posteriormente, lançarem a sua cabeça para estrada.
Nos referidos vídeos, os membros do grupo expressam-se em Ki-Swaili, Kimuane e Emakwa, e dizem: “não temos nada a ver com as eleições que se avizinham. Estamos cá e vamos matar e deixar a cabeça dele na estrada. Eles são porcos. Allah Akbar (Deus é grande)”.
Num outro vídeo, o grupo terrorista aparece rasgando o panfleto do actual Presidente da Tanzânia e candidato à sua própria sucessão, John Magufuli. “Allah Akbar (Deus é grande). Sintam-se cumprimentados. Aqui está a cara de Magufuli e isto significa que estamos na terra dele. Convém nos apresentarmos que somos os al-shababs de Moçambique e vínhamos vos ensinar a nossa doutrina”, dizem os membros do grupo, nesse vídeo.
Segundo apuramos de fontes militares, o grupo entrou via marítima, seguindo o curso do rio Rovuma, de onde começaram por incendiar casas e disparar para o ar. Assim, refira-se, a Tanzânia torna-se o terceiro país a ser vítima dos ataques comandados pelo ISCAP, depois da República Democrática do Congo e de Moçambique, que está a braços com o terrorismo há três anos. (O.O.)