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terça-feira, 13 outubro 2020 03:16

Perto de 1.200 professores foram afectados pelo terrorismo em Cabo Delgado

Os ataques terroristas que se verificam na província de Cabo Delgado, desde 05 de Outubro de 2017, já afectaram cerca de 1.200 professores, grande parte nos distritos de Mocímboa da Praia, Quissanga e Macomia. Os dados foram revelados, esta segunda-feira, pelo Presidente da República, durante o seu discurso, por ocasião da comemoração do Dia Nacional do Professor.

 

Segundo Filipe Nyusi, os ataques terroristas já afectaram 138 escolas, das quais 45 estão destruídas, o que afectou 61.789 alunos e 1.132 professores. O distrito de Mocímboa da Praia, que já está sob controlo dos terroristas, contabiliza 32.247 alunos e 452 professores afectados; enquanto o distrito de Quissanga conta com 10.047 alunos e 359 professores. Já no distrito de Macomia, 7.698 alunos e 115 professores ficaram afectados pelos ataques terroristas.

 

Aliás, na sua intervenção, o Presidente da Organização Nacional dos Professores (ONP), Rosário Guidione, avançou que cerca de 450 professores se encontram deslocados, devido à situação, para além da existência de alguns assassinados pelo grupo terrorista.

 

“Repudiamos estes actos, que são contrários às aspirações de qualquer ser humano, que é de viver feliz e em harmonia. Esperamos que estes concidadãos ponham a mão na consciência e cessem as suas barbaridades”, defendeu Guidione.

 

Os ataques terroristas, lembre-se, já causaram a morte de mais de 1.000 pessoas e a deslocação de mais de 300.000 pessoas, em nove distritos da província de Cabo Delgado, nomeadamente, Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe, Quissanga, Meluco, Ibo, Nangade, Palma e Mueda.

 

Ataques na zona centro já causaram mais de 3.500 deslocados

 

Para além dos ataques terroristas, o país está a braços com os ataques militares, protagonizados pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo, em alguns distritos da província de Manica e Sofala.

 

Segundo Filipe Nyusi, na província de Manica, as ofensivas de Mariano Nhongo e sua companhia já causaram a deslocação de 603 famílias, o que corresponde a 3.514 pessoas. Nestes ataques, disse Nyusi, foram afectados 131 professores e 12 escolas, sendo que 11 escolas estão no distrito de Gondola e uma no distrito de Macate.

 

“Estamos a trabalhar no sentido de termos, do nosso lado, os nossos irmãos e não vamos vacilar”, disse Nyusi, mas sem fazer referência aos referidos irmãos. (A.M.)

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