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Actualizado de Segunda a Sexta

quarta-feira, 16 setembro 2020 06:21

Itamaraty recusou renovação de carteira diplomática do Cônsul de Moçambique no Belo Horizonte

Depois da revelação, pela imprensa brasileira, de que Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, parceiro do traficante Fuminho, é adido de Moçambique no consulado do Belo Horizonte, “Carta” apurou ontem que o respectivo Cônsul de Moçambique foi impedido de exercer funções. O Itamaraty, como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, recusou a renovação da carteira e passaporte diplomático de Deusdete Januário Gonçalves, um cidadão brasileiro, que ocupava o lugar desde 1999 anos, apurou “Carta”.

 

Deusdete está sob investigação. Ainda não está provado o seu envolvimento directo no tráfico de drogas. “Carta” apurou, no entanto, que Deusdete é um homem cheio de processos judiciais no Belo Horizonte. Segundo uma fonte governamental local, o Governo brasileiro já havia informado Maputo de que algo não andava bem no Consulado de Moçambique no Belo Horizonte.

 

Mas o facto de o traficante Marcos Roberto de Almeida ter o estatuto de “adido” causou um grande alarido. Como é que isso foi possível?  Deusdete poder ser uma fonte de informação relevante.

 

Por definição, um adido é um agente/funcionário diplomático ou consular que não é de carreira. Tem funções específicas, e se lhes atribui a designação de adidos para poderem gozar dalgumas imunidades. Para se chegar a adido, é preciso uma proposta do Cônsul, explicou uma fonte ligada à diplomacia; ou seja, no caso vertente, foi Deusdete quem propôs que Marcos fosse adido.

 

Quando? Quem era o Embaixador de Moçambique em Brasília? Mistérios. (Carta)

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