O caso do baleamento do Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, entrou, esta segunda-feira, para o nono dia. Agostinho Vuma foi, recorde-se, baleado a meio da tarde do dia 11 de Julho corrente à entrada da sua empresa particular, sita na movimenta Av. Josina Machel, arredores na cidade de Maputo.
Na passada sexta-feira, o Presidente da CTA foi evacuado da unidade hospitalar privada, para onde fora socorrido após ter sido alvejado a tiro, para a vizinha África do Sul. Naquele país vizinho, Agostinho Vuma está a receber tratamento especializado e, de acordo com informação de fonte próxima à família, está a responder positivamente. Ou seja, a recuperação está a “acontecer a bom ritmo”.
Entretanto, de lá a esta parte, pelo menos publicamente, não se conhece qualquer desenvolvimento relacionado ao acto bárbaro de que foi alvo o timoneiro da agremiação empresarial. Ontem, o nosso jornal contactou o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Leonardo Simbine. Inflexível às nossas questões, Simbine limitou-se em dizer que as investigações, tendo em vista o esclarecimento cabal do caso, correm a bom ritmo e que, logo que surgirem “novidades”, os órgãos de comunicação social serão convocados e comunicados.
Leonardo Simbine anotou que já houve um pronunciamento da direcção da cidade em torno do caso, não havendo, de momento, tal como disse, informações para serem partilhadas.
“Com relação a este caso, já houve um pronunciamento da direcção da cidade. Assim que tivermos mais informações, iremos partilhar com os órgãos de comunicação social. As investigações prosseguem a bom ritmo”, disse Leonardo Simbine.
Insistentemente, questionamos se haviam já identificado ou detido o “Salimo” ou mesmo ouvido o Presidente da CTA, isto antes de rumar à vizinha África do Sul. A estas perguntas, Leonardo Simbine disse, simplesmente, que devíamos aguardar, isto porque quando surgirem informações adicionais seriam partilhadas com a imprensa.
Agostinho Vuma foi baleado por dois indivíduos que, seguidamente, se puseram em fuga. Um tiro entrou pela boca e saiu pela zona do ouvido e outro no peito. Antes de ser atingido, o empresário reconheceu um dos atiradores, tendo, na ocasião, tal como narrou uma testemunha ocultar, gritado “Salimo... Salimo… Salimo… o que eu te fiz”.
O móbil do crime continua no “segredo dos deuses”. Entretanto, inúmeras têm sido as versões que circulam nas redes sociais à volta do sucedido. Uma corrente de opinião relaciona o crime a “relações afectivas” e a outra a “pendentes do mundo negócio”.
Ainda na onda da especulação, motivada pela morosidade das autoridades policiais em esclarecer as reais motivações por detrás do crime hediondo, circulam informações, segundo as quais Salimo já foi localizado e detido pelos agentes do SERNIC. Salimo é descrito como sendo um operativo preferencial dos empresários, agentes económicos e agiotas, quando o assunto é ajuste de contas. Aliás, circulam informações que dão conta de que Salimo é, na verdade, um agente do SERNIC. (Carta)